domingo, 6 de setembro de 2015

                                  NOVO ANO "FISCAL".    


         
Este a sair do forno sou eu e declaro aberto o Novo Ano de trabalho em 2015.
Trabalho é coisa que tenho tido, mas fora de contexto lucrativo; gasto os trocos que ganho em tintas e pincéis, e tento não morrer estúpido, o que cada vez se torna mais difícil de ultrapassar neste ambiente em que vivo. Nem a TV por cabo se aproveita.
Os Portugueses deviam de fazer o que sugere esta chaminé: enrabar os políticos, a Troyka e a CEE com ela, a rir e a olhar para a linha do horizonte.



Bem vindos ao meu estaminé. A frase do dia é: viva intensamente - se puder. 
Sinto que há esperança, não sei é onde.
O Chinêz com cara de "conquistador" parece querer levar a coisa a sério. Shit. Estou fodido. 
Fora o trabalho de merda que já me dá, vai acabar por tomar conta disto tudo. 
A cabeça que segura pode ser a tua. Ou então foges pelo topo da montanha e vais para o céu, congelado para a eternidade.
E claro que podes sempre levar com um asteróide inesperado vindo do nada. 
Se a musica não te agrada tenta fazer melhor.



Beringela - a comida dos sábios (de pele negra como a noite)é aconselhável. 
A saúde é muito importante e está directamente relacionada com a comida: somos o que comemos (e pouco mais). O resto é poluição.
A flor da beringela não é o que parece: tem espigões escondidos no meio do veludo; Chinese strategy. 



 Malagueta, pimento, piri-piri, picante, a expressão do Verão: escaldante e anti-cancerígeno. Eu adoro, e consumo à tonelada.



Estes putos reguilas são os candidatos a "Senhores da Costa de Prata" do próximo futuro. Pelo menos assim espero. Agarrados ao remo, pelo menos, já estão. E depois vi mais acrobacias estrondosas no equipamento.
O país precisa de ti - pescador. Candidata-te e goza a vida: só tens de trabalhar quatro meses no mar, e podes aproveitar o resto do ano na agricultura, na limpeza das florestas e nas colheitas.
A vida pode ser bela - se quiseres vergar o osso. Claro que o que querias eram vindimas. 
Até eu.



O Portuguêz esperto sempre que pode faz isto. Atira-se ao mar e tenta não ir na corrente.
A saúde, tão preciosa, precisa deste tipo de iniciativas. O desporto é extremamente importante para a manutenção da máquina humana e seu desempenho de qualidade.
Vida sem dor, longa ... É o que toda a gente quer.



O meu futuro é como o ponto de interrogação que desenhei no tecto quando comecei a decorar o espaço, pouco depois de abrir a porta (com a ajuda e colaboração dos amigos).
A restauração do Mandarim levou-me dezenas de horas em cima do escadote, e nunca pensei ir tão longe quando comecei. É prova mais do que evidente da falta de trabalho que tenho tido.
A minha salvação é não pagar renda. Enquanto o Chinêz enriquece com as regalias que tem, dadas pelo Estado Portuguêz.
O país está à venda a quem der mais. 
Depois de tudo vendido quem precisa de Estado? Dos políticos? Ou vamos acabar como o Tibete? Mais uma província da China (ou de Angola - dos pretos burros)? 
Onde está o orgulho nacional, a garra da nossa raça, perdida desde as grandes descobertas e ocupações territoriais pelo mundo inteiro?
A maior parte da sociedade é gorda. Pesada. Indolente. Acomodada. Parasita. Oportunista. Subsidiada. 
Venderam a sociedade por um pataco, os políticos tacanhos e interesseiros, e continuam a pregar que são os salvadores da pátria.
Eu não sou de cá. 
- O ditado diz - Se vês que não os vences, junta-te a eles.



Este é o retrato habitual que faço a mim mesmo depois das férias de Verão.
Pus o chapéu ao contrário sem querer, assim o Sol e a Lua ficaram directamente virados para o forno.
Espero estar suficientemente bem cozido para suportar o frio que se aproxima.


   
 E isto vai ser o próximo regresso às origens, depois de acabar com a restauração das últimas pinturas na grelha. 
Mas claro que o mais importante é ter sapatos, malas, sacos, casacos, mochilas e toda a espécie de bricolas ligadas ao artesanato, para arranjar, ou vou ao fundo de vez.


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