domingo, 1 de novembro de 2015

OUTONO NO CASTELO

          OUTONO NO MONTE DO CASTELO



   Mais um ano a correr com o vento, e o frio está à porta. Algures na fortaleza da existência há conforto para o corpo e para a alma: talvez junto ao fogo da lareira do castelo.



   O caminho, trilhado por Mouros e Cristãos, está pejado de cinza. Vestígios da eterna intolerância ideo/teológica.         Através destes pinhais, o aço frio do povo do Norte da Península, de cruz em punho, expulsou os muhajedins para o Norte de África. 



   Isto são moldes vegetais dos escudos dos Mouros. Perdidos no tempo.



   Embora isto pareça um bolo folhado da pastelaria do castelo não comam. 



   Não sei porquê, mas a paleta de cores este ano no Outono não está muito famosa.
   Mas é sempre surpreendente. Sempre. Por incrível que pareça.



   Embora haja ouriços por todo o lado, castanhas nem vê-las. Parecem selvagens, sem conteúdo.



   Quanto ao resto do cardápio, bem... 
   Com anilha ou sem anilha, não arrisco comer este petisco.    Prefiro olhar para ele com prazer oftalmológico. Capisce...



   Devem pensar que sou viciado em plantas. Não é verdade. Agarro-me é pura e simplesmente ao que está à mão como interessante: - De pedras a diamantes.



   Esta platinagem vegetal é típica na nossa terra. Certas árvores gostam deste tipo de coberto. É como a armadura dum guerreiro em guerra permanente contra os elementos.



   Isto é Vinland - Uma facha de terra na Península Ibérica e na América do Norte com as mesmas características.
   Quase uma amostra de floresta enevoada que cobria toda esta área.
   De qualquer maneira todos os caminhos vão dar ao castelo - boca Kaffkiana. 



   Os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais frias, mas para o castelo isso é irrelevante. Na sua majestade calcária está pronto para resistir a tudo: a mais um assalto ou dois, se for preciso.  

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