quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Trabalhar na terra

Faz tempo que o trabalho começa a escassear e a pobreza instala-se: Pobreza material (diga-se "d´avantage"): o outro lado está bem e recomenda-se. É aí que começa este pequeno documentário. Tenho-me dedicado bastante à música, mas a música também tem limites e há que variar (to refresh). Pintei um pouco, e não me apetece ler neste fim de Verão generoso. Estive também quase para ir para as vindimas em França, mas acabei por descobrir esse tipo de trabalho mesmo ao lado da porta; a casa do avô da minha mulher. Faz já a quarta (ou quinta) vez que vamos para lá limpar o terreno: tenho até vídeos no youtube sobre o assunto, mas o que é certo é que é preciso vergar o osso e fazer o serviço. Patchamama, tem pena de mim. Hoje só esfolei os braços em dez lados e não me dõem muito as costelas (estão a ficar calejadas). De sapateiro para lavrador vai um grande passo. E de certeza que uma enxada pesa mais do que um martelo. Não há crise, se as pessoas voltarem à terra. E mal não lhes fará, gordas como estão ( a maioria). Nunca se esqueçam que tudo vem da Terra: comemos e cagamos nela. Não posso dizer que sejamos própriamente bonitos. Ser orgânico é duvidoso. E os desgraçados na abertura parecem bem pior do que eu.