segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

INVERNO 2014
       

Esta é a Lua de Dezembro, fria como gelo, apesar de ninguém se poder queixar muito disso: do frio. No entanto, pessoalmente, acho que ele ainda não chegou em força. De qualquer maneira ainda estamos, tecnicamente, no Outono. O Inverno só começa a vinte e um, ou dois, e estamos a oito. O que o clima tem de pior para mim é não me deixar beber a cerveja fresca, o que me causa uma certa azia na boca, me incha o fígado, levanta a pele da ponta dos dedos e seca os lábios (e a pele em geral). Mau, mau que chegue, no entanto não a deixo descansada. Pobre moi, desleixado e burro, que não consegue controlar os seus vícios de merda.

 
Como foi vastamente comentado, este ano choveu a potes e durante muito tempo, e a prova está aqui. Desde a minha infância que não via tanto musgo fresco, gordo e luminoso como este ano. Até faz pinturas abstractas por todo o lado: no chão, nas paredes, nos barrancos, e à luz directa do Sol, coisa que o musgo não gosta muito.
Gosto muito de musgo, o melhor filtro de água do planeta, e um belo tapete, quando fica dourado. Tive a sorte me me sentar num, no meu sítio de poder (debaixo d´água) no Rio Zêzere. Fofo e confortável. 



Esta imagem quente é de cogumelos frescos. Abomino a minha ignorância nesse capítulo, porque acho que perdi uma fêzada este ano, sobretudo neste fim-de-semana. Acho que estes são bons para comer, mas não sei (nem dá para arriscar) e em caso de dúvida é melhor esquecer. Nunca vi tantos juntos, numa pequena área que habitualmente nunca teve nada. Conheço muito bem o sítio, porque passeio por lá regularmente. Na verdade foi o instinto que me convenceu a andar para trás, à procura de azevinho, e lá estavam eles por todo o lado, de várias espécies, feitios e estados de conservação. Também adoro cogumelos, sobretudo num guisado. Os melhores que comi na vida foi numa quinta isolada em Conhaque (ou em St. Seurin du Cadourne) durante umas vindimas. 


Esta é uma amostra da riqueza da nossa terra, colorida e brilhante, como deve ser o Natal que se aproxima e do qual vou tratar já de seguida. À tarde fui cortar duas carochas de pinheiro, e entreti-me a apanhar um pouco de sol no "alto do Picão" enquanto cortava umas austrálias para fazer estacas e prestava serviço público. Para quem não sabe, as austrálias são uma espécie de praga vegetal, ocupando rapidamente qualquer tipo de terreno disponível em quantidades industriais. A ponta do pinheiro já está instalado num vaso, aqui mesmo ao meu lado, e vou de seguida decorá-la com as fitinhas, luzinhas, bolinhas, pais natais e sei lá que mais.