domingo, 15 de novembro de 2015

Na Foz do Rio Douro - VNGaia

           PASSEIO NA FOZ DO DOURO


O dia azul convida ao passeio pela costa e a ideia é usar a teleobjectiva na fotografia, sempre um desafio para o artista. É necessário um grande espaço aberto para funcionar (minimamente).
Elementos naturais da época abrem a pasta - no D´ouro.


Esta fotografia, ainda incipiente na definição, foi a prenda do rio. É um meteorito (ou parece) e detectei-o no meio do lixo de cascas de mexilhão, ramos secos de arbustos, restos de linhas e fios de nylon na ponta Sul da Foz do rio. Vou mostrar o sítio.


Foi neste areal, mesmo na ponta final do rio, na chegada ao mar, que encontrei o meteorito. Pela análise superficial que lhe fiz, ao cair na terra, soldou um pequeno seixo com o calor. 
Uma prenda do céu. É óptimo. Bem melhor que os ver cair.


A nova marina de Matosinhos vista deste ângulo é uma homenagem  que faço ao Sr. Henrique.
A teleobjectividade é um exercício complicado quando não se usa tripé. A amplitude da lente é tão potente, que até o bater do coração afecta a performance da imagem. 
Esta foi tirada a sete quilómetros de distância da marina.


Este palacete parece abandonado.
Não mo querem emprestar?


Uma peculiaridade que observo (e aprecio muito) na topografia urbana da cidade do Porto, é esta simbiose entre o antigo e o moderno.
Se repararem nesta imagem, vêm um prédio vistoso verde de apartamentos antecipado por uma quinta senhorial, com torre de ménage e tudo.


A intenção era dar um passeio tranquilo pela avenida do rio, e nem lá perto chegamos. 
Uma tarde para chegar à foz do rio Douro, calmo e tranquilo, sem vento, céu azul, e a água estava, "molhada". 
Toquei-lhe, e falei com ele.
Ao contrário destas "camones", bem abastecidas. Preferiram ficar na praia a beber uma cerveja e a apreciar as carícias do Sol. Espertas.


Big city: Afurada, vista por um canudo.


Como por um canudo se vê a colina que domina toda esta paisagem, preparada para a construção com todos, e sem uma única casa; tanto dinheiro atirado ao vento.


Este foi o Sol do dia. 
O El Nino deve estar activo, porque já vamos a mais de meio do mês de Novembro e ainda não vesti o pijama. E os últimos dias têm estado excelentes; Lua Nova - S. Martinho - aquecimento global.
Pensar é uma perda de tempo.


Geralmente só vejo um pôr-do-sol a sério uma vez por ano. Este é o do ano 2015, a chegar a Miramar.
 

domingo, 1 de novembro de 2015

OUTONO NO CASTELO

          OUTONO NO MONTE DO CASTELO



   Mais um ano a correr com o vento, e o frio está à porta. Algures na fortaleza da existência há conforto para o corpo e para a alma: talvez junto ao fogo da lareira do castelo.



   O caminho, trilhado por Mouros e Cristãos, está pejado de cinza. Vestígios da eterna intolerância ideo/teológica.         Através destes pinhais, o aço frio do povo do Norte da Península, de cruz em punho, expulsou os muhajedins para o Norte de África. 



   Isto são moldes vegetais dos escudos dos Mouros. Perdidos no tempo.



   Embora isto pareça um bolo folhado da pastelaria do castelo não comam. 



   Não sei porquê, mas a paleta de cores este ano no Outono não está muito famosa.
   Mas é sempre surpreendente. Sempre. Por incrível que pareça.



   Embora haja ouriços por todo o lado, castanhas nem vê-las. Parecem selvagens, sem conteúdo.



   Quanto ao resto do cardápio, bem... 
   Com anilha ou sem anilha, não arrisco comer este petisco.    Prefiro olhar para ele com prazer oftalmológico. Capisce...



   Devem pensar que sou viciado em plantas. Não é verdade. Agarro-me é pura e simplesmente ao que está à mão como interessante: - De pedras a diamantes.



   Esta platinagem vegetal é típica na nossa terra. Certas árvores gostam deste tipo de coberto. É como a armadura dum guerreiro em guerra permanente contra os elementos.



   Isto é Vinland - Uma facha de terra na Península Ibérica e na América do Norte com as mesmas características.
   Quase uma amostra de floresta enevoada que cobria toda esta área.
   De qualquer maneira todos os caminhos vão dar ao castelo - boca Kaffkiana. 



   Os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais frias, mas para o castelo isso é irrelevante. Na sua majestade calcária está pronto para resistir a tudo: a mais um assalto ou dois, se for preciso.