quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Trabalhar na terra

Faz tempo que o trabalho começa a escassear e a pobreza instala-se: Pobreza material (diga-se "d´avantage"): o outro lado está bem e recomenda-se. É aí que começa este pequeno documentário. Tenho-me dedicado bastante à música, mas a música também tem limites e há que variar (to refresh). Pintei um pouco, e não me apetece ler neste fim de Verão generoso. Estive também quase para ir para as vindimas em França, mas acabei por descobrir esse tipo de trabalho mesmo ao lado da porta; a casa do avô da minha mulher. Faz já a quarta (ou quinta) vez que vamos para lá limpar o terreno: tenho até vídeos no youtube sobre o assunto, mas o que é certo é que é preciso vergar o osso e fazer o serviço. Patchamama, tem pena de mim. Hoje só esfolei os braços em dez lados e não me dõem muito as costelas (estão a ficar calejadas). De sapateiro para lavrador vai um grande passo. E de certeza que uma enxada pesa mais do que um martelo. Não há crise, se as pessoas voltarem à terra. E mal não lhes fará, gordas como estão ( a maioria). Nunca se esqueçam que tudo vem da Terra: comemos e cagamos nela. Não posso dizer que sejamos própriamente bonitos. Ser orgânico é duvidoso. E os desgraçados na abertura parecem bem pior do que eu.  

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Cinema e musica Verão 2013

Cinema e musica. Musica e cinema. Quando acabar o curso (de cinema) (daqui a três anos e oito meses) posso dizer que vi uns filmes na minha vida.
Com a musica é diferente: é a minha alma em acção (e muito trabalho). Ás vezes corre bem, mas quando não corre é uma seca. Ainda por cima ter de tocar todos os instrumentos (a Mira tem ajudado um bocado ultimamente) não é fácil.
Problema nº.1 este ano: - O Clima. Ora quente, ora frio (ora a p...) destabiliza. Não apetece fazer nada (ainda por cima tem havido pouco que fazer), e a praia tem estado instratável devido à tradicional Nortada. Tanta mudança de temperatura (por vezes com variações de 10º) até derrete as sinapses.
Agora ando com o "sobrinho dum tirano" às costas, a única musica que estou a trabalhar neste momento; mas como em tudo que diga respeito com tiranos, é duro. Até parece que estou no meio do deserto da Líbia, ou da Síria, ou do Egipto, a assar vivo, cérebro vazio, língua de fora como um cão infiel.
Liguei e afinei a guitarra eléctrica para tocar três notas. Usei o processador de sons do gravador para criar um riff forte e consistente (como se tivesse todo um bloco de pedais à disposição) e precisava de continuar a trabalhar com ela, mas não sei tocar. Portanto vou tentar falar com o André, e ver o que se passa com ele.
Por falar em gravadores, um dos meus, o HP externo - computador/Cabo, expirou ontem. Já está em cima da mesa, desligado e pronto para ir para a loja. Tem mais de sete anos e gravou milhares de CD´s e DVD´s. Não estou a mentir.
Tenho trabalhado um bocado no sobrinho dum tirano (e feito uma série de experiências com guitarra e outros efeitos de voz) mas o que realmente me apetecia mesmo era entrar imediatamente de férias. Parece que Agosto vai ser foleiro.
Espero que o Baixo (que vou começar a trabalhar o mais depressa possível) não seja tão duro como o filme de wrestling feminino que quero acabar de ver, para acabar esta noite com tendências a aquecer acima dos trinta graus.
Não hà nada como uma boa sesta (na tua cabeça). O povo do Norte não dorme a sesta, nem que o céu arda... Atiram-se ao Douro, se for preciso. "E ficam douradinhos"....  


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tempo de compôr musica

Faz tempos que não digo nada porque tenho andado ocupado com as minhas composições musicais. Depois de ter sido obrigado a parar por causa do frio, agora que a coisa aqueceu ligeiramente, engatei, acabei os temas que estavam suspensos, compûz mais uns tantos e tenho que me agarrar ao malfadado "Sobrinho dum tirano", duro de roer porque tem um texto enorme, mas não há-de ser nada. Vou ter de aprender a cantar à força, não tenho outra hipótese. Também vou ter de dedilhar nas cordas, quer queira quer não. Isto se quero continuar a ser criativo (para não cair num circulo repetitivo, desinteressante para quem acompanha o trabalho) e sentir vida no meio do deserto (de ideias) em que vivo. 
  Esta imagem retrata a situação. Tudo arruinado, e a ser engolido pelo pântano da ignorância e da incompetência. Se colocassem um tubo por baixo do caminho que construiram (e bloqueou a saída da água para o ribeiro), isto não acontecia. A terra é boa, as pessoas é que não valem nada. Trabalhar faz calos.
Hoje é feriado, uma segunda-feira, e sinto-me deslocado. Não devia de estar aqui.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Natureza ou humanidade! NATUREZA.


   Este toco de eucalipto parece um designe elaborado, mas na realidade não passa dum tronco decepado, pronto a apodrecer sem remissão cem anos depois de ter nascido. Doi-me o coração ao ver isto, porque a árvore não foi derrubada com o intuito de servir para alguma coisa; foi, pura e simplesmente, removida para... o quê? Plantar outras mais bonitas no seu lugar? Ganhar uns trocos com a sua madeira? Abrir espaço para projectos futuros de urbanização? 


  Este pinheiro que vemos aqui está condenado. Ao retirarem o apoio florestal que lhe dava segurança, vai acabar por cair com a Nortada violenta que veio novamente para nos atormentar este ano, e decerteza nos próximos. Já vi de tudo nesta Quinta de D. António, mas isto é o cúmulo da insensibilidade Quando tanto se fala no aquecimento global e da desflorestação desenfreada com fins lucrativos, estamos ao nível dum país do terceiro mundo, onde quem pode rouba tudo o que pode e depois parte para melhores climas com os bolsos cheios à custa do património dos indígenas. Somos indígenas estúpidos e ignorantes perante estes factos?


Esta passagem já era. Aliás, tudo nesta área está a ser recreado (depois de destruído). Já nem um passeio de domingo decente se pode ter por estes lados. Receio mesmo que mais cedo ou mais tarde tudo isto seja invadido por máquinas e cimentado, para os caretas não sujarem as sapatilhas. À bruta, como se pode ver nas árvores partidas pelo meio à esquerda: morlock, o monstro de ferro, come tudo que respire à superfície da Terra. A BESTA.


   Esta imagem é um pálido exemplo do que existia do outro lado da cerca desta propriedade privada, porque mesmo aqui muito foi derrubado e destruído ao longo de décadas. A quinta de D. António era uma reserva natural tão densa que a luz mal penetrava a copa das árvores, e a prova da riqueza natural destas terras era a presença de milhafres na área, quando eu era puto. Agora vejam o outro lado da cerca.


   Esta pilha de destroços não era vem aquilo que queria mostrar (tenho fotografias muito mais elucidativas da destruição ambiental) mas serve como amostra. Quem dantes vinha para aqui no Verão atrás de uma boa sombra, desista. Vai acabar por sufocar dentro do carro enquanto faz a sesta.


Este eucalipto não incomodava nada nem ninguém, mas alguém teve a ideia de o abater, como um impecilho paisagistico? Era um velho amigo meu, à sombra do qual passei bons momentos na minha juventude. Agora está morto, às mãos de gananciosos sem escrúpulos nem alma. Foda-se. Fervo de raiva (mesmo desconhecendo os interesses que estão por detrás deste tipo de progresso). Uma coisa é certa. Esta geração vai engolir muito pó, quando quiser vir curtir para aqui. E o melhor é trazer um livro para passar o tempo, porque a paisagem não é propriamente bela nem convidativa. Agora vou jantar (sem ter acabado o meu artigo).



domingo, 28 de abril de 2013

Novo ciclo solar corrompe a Primavera

   Estamos quase em Maio e o clima não dá tréguas. Já devia de estar a fazer barulho há uns tempos, mas o frio desmotiva e a Nortada - tão típica da nossa costa (mas durante anos esquecida) veio para ficar e não pára. Aliás, as rajadas inesperadas e violentas impressionam, pela sua força e vigor.
   A natureza vegetal tem sofrido imenso neste último ano e meio, e várias árvores e arbustos não deram fruta decente, assim como os vegetais, queimados por ultravioletas insidiosos. A minha mulher que se dedicou à agricultura que o diga. Planta e nada cresce, morre tudo grelado, ou com as folhas queimadas e esburacadas.
   Como um mal nunca vem só, a nível social, é a pura desgraça. Tenho tido muito pouco trabalho e deixo-me ficar na cama nos dias de tempestade em que parece que a Terra vai rebentar pelas costuras. Claro que isso não ajuda anímicamente, e sinto-me como que anestesiado e desinteressado em desenvolver o que quer que seja.
   Aqui há meses decidi explorar o mundo do cinema, a última forma de arte que me faltava investigar a fundo, e comecei a consultar a wikipédia. Com a ajuda dos meus apontamentos e alguma pesquisa, fiz longas listas de todos os filmes feitos pelos grandes realizadores nessa área, e comecei a descarregá-los através do Pirate bay e do Bitlord. Claro que a maior parte deles não estava acessível, mas os que estão são mais do que suficientes para satisfazer qualquer espírito cinéfilo esfomeado.
   O cinema é a expressão máxima da criatividade humana, visto retratar qualquer temática com os meios necessários para entreter e interessar (com o seu conteúdo) os mais curiosos. 
   Também arranjei maneira de gravar quatro ou cinco filmes num único DVD, o que óbviamente é uma significativa economia de espaço nas minhas prateleiras: estou a falar de centenas de filmes que já retirei, fora o que ainda me falta sacar (tenho-o feito na base de um ou dois por dia). Felizmente tenho os meus apontamentos e vou direito ao assunto (não tenho pachorra para navegar na Internet - faz-nos perder imenso tempo com as suas sugestões e alternativas) e geralmente desviam-nos inconscientemente do nosso objectivo.
   John Ford, Tod Browning, René Clair, James Whale, William Cameron Menzies, Paul Wegener, Rudolph Maté, Robert Wise, Christian Nyby, Fred McLeod Wilcox, Stanley Kubrick, Akira Kurosawa, Edward Dmytryk, Anthony Mann, Nicholas Ray, George Stevens, Delmer Daves... A lista é grande, e maior é a obra destes homens extraordinários. Tenho aprendido imenso com eles, e com os livros que tenho lido de forma intensiva nestes últimos meses: com um deles, de Wenceslau de Moraes - Os serões no Japão - fiz uma pseudo-musica, com os pequenos poemas que ele transcreveu e instrumental Nipónico. Um dia destes vou fazer um vídeo para a mostrar ao mundo.
   Agora que já descarreguei parte do saco da minha tralha psicológica, vou partir para outra.
   Passem muito bem.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O clima está a mudar, o mar está a subir.

   Neste primeiro dia de Sol fomos ver o mar, e quando nos aproximamos da costa vimos logo que ele estava visívelmente mais acima do que o habitual. Claro que era previsível, mas começar a ver isso como um facto, é impressionante.
   As obras feitas no ano passado na costa (mais um esporão e um grande paredão), quase ficaram ao nível da superfície das pedras com o assoreamento de areia por parte das tempestades. O ano passado estavam a mais de um metro de profundidade. E a nossa praia habitual (das mais próximas) vai ficar reduzida a um terço. Já o ano passado estava tudo a monte.
   Construiram novas passagens por cima de tudo que é duna, e a costa está a ficar toda interligada junto ao mar por uma passadeira gigantesca (que um dia vai ligar o Minho ao Algarve).
   Receio que o nosso Portugal dos Pequeninos no futuro vá ficar ainda mais pequenino do que é. (E o resto da Terra).
   E receio que as passagens, passeios e subterfúgios que inventam para contrariar a crise e desenvolver o eco-turísmo, não sejam suficientes para deixar o povo feliz.


   Esta raíz é a amostra habitual no fim do Inverno, que se pode ver nas praias por toda a Costa de Prata. Mais umas toneladas de lixo de toda a espécie; sobretudo plástico, madeira, conchas, grandes (e pequenos) blocos de crude compactado pelo mar, e curiosamente desta vez, muitos restos de laranjas e limões por todo o lado. Será que algum porta-contentores perdeu um (de citrínos?).
   A minha a certa altura entre numa de olhar para as pedras polidas e passados minutos estava a carregá-las a todas de qualquer maneira, como que hipnotizada pela suavidade e pela forma. Algumas tinham anéis doutro tipo de rocha (quartzos) que nunca tinha visto por aqui; não desta forma.











segunda-feira, 1 de abril de 2013

Regresso à blogmania

Faz quinze meses que não ponho as mãos no blog, e a culpa é do sistema, que pura e sisplesmente suprimiu as minhas fotografias de vista e me deixou desmotivado para continuar a operar neste espaço. Agora parece que as coisas já voltaram aos eixos, e este pequeno take é exactamente para confirmar isso.
Agora vou meter uma imagem para ver se está tudo bem.