domingo, 28 de abril de 2013

Novo ciclo solar corrompe a Primavera

   Estamos quase em Maio e o clima não dá tréguas. Já devia de estar a fazer barulho há uns tempos, mas o frio desmotiva e a Nortada - tão típica da nossa costa (mas durante anos esquecida) veio para ficar e não pára. Aliás, as rajadas inesperadas e violentas impressionam, pela sua força e vigor.
   A natureza vegetal tem sofrido imenso neste último ano e meio, e várias árvores e arbustos não deram fruta decente, assim como os vegetais, queimados por ultravioletas insidiosos. A minha mulher que se dedicou à agricultura que o diga. Planta e nada cresce, morre tudo grelado, ou com as folhas queimadas e esburacadas.
   Como um mal nunca vem só, a nível social, é a pura desgraça. Tenho tido muito pouco trabalho e deixo-me ficar na cama nos dias de tempestade em que parece que a Terra vai rebentar pelas costuras. Claro que isso não ajuda anímicamente, e sinto-me como que anestesiado e desinteressado em desenvolver o que quer que seja.
   Aqui há meses decidi explorar o mundo do cinema, a última forma de arte que me faltava investigar a fundo, e comecei a consultar a wikipédia. Com a ajuda dos meus apontamentos e alguma pesquisa, fiz longas listas de todos os filmes feitos pelos grandes realizadores nessa área, e comecei a descarregá-los através do Pirate bay e do Bitlord. Claro que a maior parte deles não estava acessível, mas os que estão são mais do que suficientes para satisfazer qualquer espírito cinéfilo esfomeado.
   O cinema é a expressão máxima da criatividade humana, visto retratar qualquer temática com os meios necessários para entreter e interessar (com o seu conteúdo) os mais curiosos. 
   Também arranjei maneira de gravar quatro ou cinco filmes num único DVD, o que óbviamente é uma significativa economia de espaço nas minhas prateleiras: estou a falar de centenas de filmes que já retirei, fora o que ainda me falta sacar (tenho-o feito na base de um ou dois por dia). Felizmente tenho os meus apontamentos e vou direito ao assunto (não tenho pachorra para navegar na Internet - faz-nos perder imenso tempo com as suas sugestões e alternativas) e geralmente desviam-nos inconscientemente do nosso objectivo.
   John Ford, Tod Browning, René Clair, James Whale, William Cameron Menzies, Paul Wegener, Rudolph Maté, Robert Wise, Christian Nyby, Fred McLeod Wilcox, Stanley Kubrick, Akira Kurosawa, Edward Dmytryk, Anthony Mann, Nicholas Ray, George Stevens, Delmer Daves... A lista é grande, e maior é a obra destes homens extraordinários. Tenho aprendido imenso com eles, e com os livros que tenho lido de forma intensiva nestes últimos meses: com um deles, de Wenceslau de Moraes - Os serões no Japão - fiz uma pseudo-musica, com os pequenos poemas que ele transcreveu e instrumental Nipónico. Um dia destes vou fazer um vídeo para a mostrar ao mundo.
   Agora que já descarreguei parte do saco da minha tralha psicológica, vou partir para outra.
   Passem muito bem.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O clima está a mudar, o mar está a subir.

   Neste primeiro dia de Sol fomos ver o mar, e quando nos aproximamos da costa vimos logo que ele estava visívelmente mais acima do que o habitual. Claro que era previsível, mas começar a ver isso como um facto, é impressionante.
   As obras feitas no ano passado na costa (mais um esporão e um grande paredão), quase ficaram ao nível da superfície das pedras com o assoreamento de areia por parte das tempestades. O ano passado estavam a mais de um metro de profundidade. E a nossa praia habitual (das mais próximas) vai ficar reduzida a um terço. Já o ano passado estava tudo a monte.
   Construiram novas passagens por cima de tudo que é duna, e a costa está a ficar toda interligada junto ao mar por uma passadeira gigantesca (que um dia vai ligar o Minho ao Algarve).
   Receio que o nosso Portugal dos Pequeninos no futuro vá ficar ainda mais pequenino do que é. (E o resto da Terra).
   E receio que as passagens, passeios e subterfúgios que inventam para contrariar a crise e desenvolver o eco-turísmo, não sejam suficientes para deixar o povo feliz.


   Esta raíz é a amostra habitual no fim do Inverno, que se pode ver nas praias por toda a Costa de Prata. Mais umas toneladas de lixo de toda a espécie; sobretudo plástico, madeira, conchas, grandes (e pequenos) blocos de crude compactado pelo mar, e curiosamente desta vez, muitos restos de laranjas e limões por todo o lado. Será que algum porta-contentores perdeu um (de citrínos?).
   A minha a certa altura entre numa de olhar para as pedras polidas e passados minutos estava a carregá-las a todas de qualquer maneira, como que hipnotizada pela suavidade e pela forma. Algumas tinham anéis doutro tipo de rocha (quartzos) que nunca tinha visto por aqui; não desta forma.











segunda-feira, 1 de abril de 2013

Regresso à blogmania

Faz quinze meses que não ponho as mãos no blog, e a culpa é do sistema, que pura e sisplesmente suprimiu as minhas fotografias de vista e me deixou desmotivado para continuar a operar neste espaço. Agora parece que as coisas já voltaram aos eixos, e este pequeno take é exactamente para confirmar isso.
Agora vou meter uma imagem para ver se está tudo bem.