CÉU SUJO
Esta folha de couve é a prova inequívoca da poluição solar este ano. E ainda à bocado ouvi notícias do Japão, com donas a pegarem nas sombrinhas, para se protegerem na rua dos UV.
Isto é uma espécie de representação dos UV.
E aviso mais, e mais uma vez. Cuidado com o céu. Queima a pele.
Andem de chapéu, óculos de Sol e tecidos de seda, a cobrir o corpo.
"Se quiserem salsa não me venham pedir".
Este casal de coelhos, apesar da testa encorrilhada, é simpático. Doesn´t seem´s so, mas é.
Faz-me lembrar velhinhas atrás da cortina a espreitarem a minha abordagem às flores. Acaba, até, por ter um cunho romântico, não parece!|!!
Queria poder dizer que a viagem acaba aqui, mas não. Antes, têm de limpar a via férrea, (como sem querer vi à tarde durante uma coladela especial ao ar livre no passeio), debaixo dos perto de 30º, uma carrinha da câmara, com um mastuço na cabine, de mangueira na mão, a regar as ervas da valeta com pesticida, em andamento.
Isso é serviço?
REGRESSO À MÚSICA
Neste meu regresso à música (depois de alguns meses de condições climatéricas deploráveis) venho pela sombra cibernética.
Estou possuído pela cultura BON Tibetana e pela sua peculiar escrita sânscrita.
Há estados de ser que nos ultrapassam, pela sua abordagem extrema ao objectivo com sucesso. Estados mentais tão potentes, que manipulam a matéria em estado bruto. Como a gravidade.
Há anos que não sentia uma Primavera tão perfumada como esta, e esse feeling ajuda a abrir a gaveta da criatividade.
No lusco-fusco tacteio as ideias, selecciono o instrumento a usar de seguida, dou uma golada, (eventualmente) fumo, ligo o dito cujo e ouço o apelo...
Soa-me a Budismo. A eternidade.
Este pau torto em cima dos pratos veio do mar.
A música em movimento e construção chama-se TIBETE, e está dividida em três partes: A ascensão - No Dzong e Monte Kailash / A fonte. Musica ambiental com vinte minutos.
A abordagem à musica electrónica, para quem gosta essencialmente de rock, é contraproducente. Ou eu acho que é.
Na prática não tenho alternativa, senão usufruir desses dispositivos de fácil manuseio e resultado satisfatório, enquanto consumo no processo muito mais comida, bebida e fumo do que o habitual: stress mata.
Este é o meu nagual, a representação simbólica da minha psique irrequieta e noctívaga, ultra sónica, paranormal.
Ouço tudo (e de tudo) o que me chega aos ouvidos; pudera. Não sou surdo, mas vivo num patamar sonoro bastante persistente, todo o dia. Gosto de música, não gosto de silêncio prolongado.
Para mim, a vida é um bailado ininterrupto e eterno.
Estou embalado na minha motivação criativa e pronto a fazer render a espontaneidade.
Carpe diem.
A ATENÇÃO FAZ O MUNDO
A biologia animal é muito mais concreta e eficaz do que a nossa - humana.
Falta-lhes é a elasticidade necessária para suportar tanta confusão à face da terra.
Por outro lado, se o homem vi-se tão bem como este gato, apaixonava-se pela natureza.
Este véu de fada está à frente dos nossos olhos, mas só a dona é que o vê.
Vê!
Verá?
Deve ver, no entanto não desta forma.
Isto é erva da berma da estrada, da sarjeta, da valeta.
Se tivessem olhos de gato viam-na assim.
Deviam de inventar um capacete com lentes de aumento para os olhos e som de rock´n´roll, para passear pelo campo, dando no entanto predominância ao chilreio dos pássaros (por compressão acústica - ah).
Quando ando por aí, a passear e a tirar fotografias nas horas vagas para caminhar e tirar proveito do Sol e da natureza, as pessoas ficam desconfiadas, mas isso passa-lhes depressa quando as cumprimento e falo com elas.
O povo é pacífico, o povo é bom.
Contudo o inesperado é sempre esperado.
Não há desatenção.
Um gato tem sete vidas, portanto não será a ele que iremos perguntar se a atenção faz o Mundo.
Estaremos sempre atrasados em relação à pergunta.