sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Rastos gasosos

                        EFEITO PARASOL DO RASTO DOS AVIÕES


Isto é o rasto de um avião comercial Boeing (ou do género) que estamos habituados a ver no céu. Parece inocente, mas tem as suas implicações no meio ambiente e no clima.
O busílis é expandir-se até à dissipação, e isso pode demorar.


Aqui pode ver-se que já engordou bastante, como os veraneantes espalhados pelo areal. Sobretudo as mulheres, fazem-me parecer elefantes marinhos ou morsas deitados na praia.
Um horror para os olhos, e já nem as novitas se safam da celulite, apesar da tenra idade.
Hoje em dia os aviões são como as pessoas: muitos e dispendiosos.


Aqui vê-se que passou de um fio para uma auto-estrada de espessura. 
Os parolos podem pensar que isto não é nada, mas esses são os que não gostam de sol nem de praia (e estão mal informados acerca das consequências deste tipo de evento).
Apercebo-me que esse fenómeno não é transversal a todos os vôos que se vêm no céu. Se é esse o caso,  as aeronaves deviam de voar todas numa altitude que evitasse este tipo de acontecimento.


Aqui o chouriço gasoso engordou de tal maneira que se juntou ao resto da nebulosidade e tapou o Sol. Resultado: tive de me vir embora da praia.
Alguém sabe como se podem processar as empresas de aviação por este tipo de incómodo? Fazia-me jeito umas massas. Ando teso que nem um carapau.

domingo, 23 de agosto de 2015

Os gigantes da freguesia

                 OS GIGANTES DA FREGUESIA  



No mandato do ainda vigente partido político no poder nesta vila, dum dia para o outro estes sobreiros centenários magníficos protegidos por lei, foram abusivamente cortados sem justificação, e quem o fez é um criminoso.




A comparação com um ser humano mostra a grandeza deste espécime. Os 1ºs  gigantes sacrificados.

Este é o 2º gigante sacrificado, neste caso indirectamente pela acção humana na criação de infra-estruturas no terreno. Trata-se do pinheiro manso mais antigo da região.


Centenário, resistiu ao maior incêndio conhecido nesta terra, ateado por mão criminosa - fogo-posto, e como se sabe é uma árvore cheia de recursos de sobrevivência, mas para os parolos estava morta, com uma infestação irreversível. 
Estas são já imagens históricas.

Esta árvore é o ícone mais conhecido da freguesia, por estar no terreno da casa mais carismática e histórica. Falta-lhe a cruz do topo, cortada por um raio há muitos anos atrás.

  
Esta quinta é a que conserva ainda as árvores mais portentosas e bonitas da freguesia. Esta vermelha é uma ameixoeira, e é um monstro vegetal. Veja só o tronco.



Esta é outra árvore digna de respeito. Creio que veio da América do Sul, possivelmente do Brasil, onde a família que habitava esta quinta tinha (e tem) ainda muitos familiares a viver.
A 1ª vez que estive ao lado do tronco dela senti-me insignificante, mas foi quando vi a flor pela primeira vez que fiquei fan. 
A imagem da flor que vou mostrar foi dessa primeira vez. A floração não é regular, e pode não ocorrer durante anos.


O designe e as cores sugerem a ambiência Brasileira da árvore, e os tons são lindíssimos. 


Esta Tília gigante na floração dá uma tonelada de chã. Adoro estas árvores na Primavera. São tão aromáticamente generosas que não consigo descrever a sensação.
Ao lado dela, mais abaixo, está um abeto com a mesma altura (ou mais).
Claro que não são os gigantes todos da freguesia, mas são as mais significativas.
Protejam a Natureza, que ela protege-vos a vós.

domingo, 9 de agosto de 2015

                                          AVEIRO   

                              LITTLE VÉNICE FROM PORTUGAL


 Devido à forte Nortada (e com gasolina no depósito) decidi de repente ir até Aveiro, ideia que (aliás) já tinha de há uns tempos para cá. E o que vi impressionou-me.


Apesar dos habituais percalços na estrada, cheguei à cidade ainda com boa luz. E aproveitei. Com tudo tão pintadinho e arranjado é fácil ser artista da "obra feita". Veja-se a qualidade desta habitação: superior para os olhos.


Nem duas horas aqui estive, mas como se pode ver voamos; eu e a garina. A cidade também não é grande, mas mudou imenso. Sobretudo a abordagem ao turismo, o maior trunfo à disposição dos espertos e arrojados em conviver com o Mundo.


Quando era puto esta era a cidade do bacalhau, e tinha uma frota de pesca digna desse nome. Agora só tem o sal que o conservava para o Inverno. E mesmo esse está em risco de "evaporar" de vez. Já ninguém quer trabalhar por gosto.


Quando andei aqui a fazer a recruta da tropa em 1978 não existia nada disto, e a cidade estava meio atolada na lama dos canais. Muito corremos nas margens do canal de baixo. Ao sol e à chuva todos os dias (menos no fim-de-semana) durante três meses: é por isso que tenho pernas fortes para correr e saltar por todo o lado "vite fait".


A recuperação deste tipo de imobiliário é fabulosa. Ainda bem que o fizeram. A arquitectura destes prédios é única no mundo.


Se compararmos um certo ângulo da Praça de S. Marcos de Veneza com este, veremos uma certa parecência (salvaguardadas as devidos proporções, claro). E o trabalho de calcetaria de basalto da calçada. 


Dá gosto viver com limpeza ambiental.
E o sal é um óptimo desinfectante.


No passado haviam aqui muitas fábrica que produziam louça e azulejos, que protegem as casas da humidade da região chamada de "Costa Brava", devido à Nortada gelada e implacável. Claro que a temática de base é a pesca. Mas produzem outros recursos para aquecer todo o ano.


E o recurso mais famoso da cidade é este: ovos moles. Especialidade feita como o nome diz e enfiada em barris de madeira pintada com barcos moliceiros, ou para carregar sal das salinas. Queria comprar um par para usar os barris na minha música folk (ou blues) mas quando saí de casa não sabia que ia parar a Aveiro e só tinha sete euros na carteira.


Estamos numa zona onde o canal era pestilento. É a prova que quando as pessoas querem alguma coisa, fazem-no, e conseguem. Neste caso, felizmente. Aveiro é uma cidade linda e alegre (sobretudo no Verão e com muito turismo). Vai uma voltinha de barco?


O arranjo paisagístico da cidade foi radical. Quando andei aqui na tropa, toda esta zona era um esgoto gigante a céu aberto fora da vista. Nem conhecia este canal. A mudança deixou-me boquiaberto. Sim senhor. Quem trabalha assim merece ser feliz (e deve ser).


Aqui estou naquela fase de assimilar o impensável.Há barcos de fundo chato por todo o lado carregados de turistas, e no parque de estacionamento vi roullotes com matrículas de vários países da Europa. Tudo muito plausível e descontraído. 


É remarcável a qualidade artística do azulejo da área. Mas será que ainda existem resquícios desse legado?


Pensa a estátua de bronze ao ver a multidão - "Esqueci-me do telemóvel em casa". - E sente-se deslocado só com os seus paus.


Tão depressa cheguei como parti, como estes turistas a passear nos canais. Mas foi muito agradável, e hei-de voltar. Toda esta área tem muito que ver - a Costa Nova.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

           LESMAS DO MAR AQUI


Esta 2ª lua de Agosto trouxe muita instabilidade no mar, tempestades e outros afins, de tal maneira que quando dei um passeio pela baixa-mar vi coisas esquisitas, como esta. 
Ao princípio pensei que poderia ser um pedaço de peixe lançado à água pelos pescadores, mas mais tarde vi outros indícios que me abriram os olhos.


Este é o segundo exemplo que tenho para mostrar (vi quatro), mas só comecei a reagir ao terceiro. Os outros dois estavam suficientemente secos para enganarem: mas eram lesmas do mar. Como esta.
Nunca vi lesmas do mar por aqui em toda a minha vida; consequências do aquecimento global, e subsequentes alterações no planeta.


Esta vespa foi fotografada dez centésimos de segundos antes de ter sido levada pelo mar (for good). Enorme. Veio com o vento, e acabou como muitos desgraçados que tentam a sorte na imigração a salto: no fundo do mar, ou nas mãos da autoridade local onde desaguam. Esses Líbios, Sudaneses, Sírios... Quantos?  

      FESTA MEDIEVAL DE SANTA MARIA DA FEIRA

                                                 PORCO ASSADO 


Carne de porco crua. Os Árabes odeiam, e o corpo agradece. 
É da carne mais digerível e agradável de consumo corrente para o organismo.


Aqui as carcaças viajam de um lado para o outro, e são giradas com guiadores de... porky pigs? Ahhhhh....

 
Devia ser com exemplo nestes nacos que os Cristãos (e os Árabes) gostariam de ver o inimigo: bem empalado.


Até o organismo cultural da terra está com fome de carne. Embora não pareça, gordos como estão. 
Deviam era pegar na enxada ou na espada e matar Mouros.


Eu sei que dar ideias é chato, mas acho que se abrissem o porco como um bacalhau assava melhor. Obviamente. 
Precisavam era de um grelhador com o dobro do espaço.


Este, são restos de ontem (ou do meio-dia). Estou espantado com a quantidade de animais a assar no recinto.
Esta gente come como bestas.


Numa tarde ventosa como esta, todas estas carcaças estiveram sujeitas a contínuas levadas de pó, pó esse que caiu em cima delas vezes sem conta. Isso será saudável?
Prefiro os sais minerais do mar.


Mais uma volta, mais umas taliscas. Este negócio está garantido. 
Até o osso vão rapar. 
Cru ou assado.


Et voilá.
Não sei se o Presidente da Câmara estará a assar algum em casa para os amigos políticos, mas mesmo que não esteja, estes são muitos (para 50 000 pessoas previstas?).  
Don´t joke.


Quer a dose bem aviada, ou nem por isso.
Estamos aqui para o servir.
Tenha umas boas-férias. 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

                        FÉRIAS DE VERÃO


É esta a onda. Felina e fluída, azul e escorregadia.
Como as ondas do mar e o vento da Serra.


Ontem o tempo estava assim. Perfeito.


E hoje variava como uma hélice tonta: deu um pouco de tudo em pouco tempo; estranho. 
Mas agradável (d´alguma forma). O modelo de bikini este ano é que dá cabo de mim.



Para o clima que temos é disto que precisamos (dizem os antigos e os modernos): bacalhau (vacalau).
Também dizem que existem mais de mil receitas para o preparar: acredito, embora diga desde já que não contem comigo para júri provador do semelhante.









Fui à feira comprar umas coisas, e fotografei muito bacalhau.
Acho que vou pedir à mulher para me preparar um "punheta - bem esfolada - de bacalhau". Deste de cima. É o melhor. Da barriga do peixe.



Gostava de ser verdadeiramente livre e poder voar com as asas destas borboletas para o interior da terra, sobrevoar as montanhas e repousar em sequóias a roçarem nas nuvens.
Dançar ao luar com a 2ª lua do mês é "supremo". No Alqueva lake.