As obras feitas no ano passado na costa (mais um esporão e um grande paredão), quase ficaram ao nível da superfície das pedras com o assoreamento de areia por parte das tempestades. O ano passado estavam a mais de um metro de profundidade. E a nossa praia habitual (das mais próximas) vai ficar reduzida a um terço. Já o ano passado estava tudo a monte.
Construiram novas passagens por cima de tudo que é duna, e a costa está a ficar toda interligada junto ao mar por uma passadeira gigantesca (que um dia vai ligar o Minho ao Algarve).
Receio que o nosso Portugal dos Pequeninos no futuro vá ficar ainda mais pequenino do que é. (E o resto da Terra).
E receio que as passagens, passeios e subterfúgios que inventam para contrariar a crise e desenvolver o eco-turísmo, não sejam suficientes para deixar o povo feliz.
Esta raíz é a amostra habitual no fim do Inverno, que se pode ver nas praias por toda a Costa de Prata. Mais umas toneladas de lixo de toda a espécie; sobretudo plástico, madeira, conchas, grandes (e pequenos) blocos de crude compactado pelo mar, e curiosamente desta vez, muitos restos de laranjas e limões por todo o lado. Será que algum porta-contentores perdeu um (de citrínos?).
A minha a certa altura entre numa de olhar para as pedras polidas e passados minutos estava a carregá-las a todas de qualquer maneira, como que hipnotizada pela suavidade e pela forma. Algumas tinham anéis doutro tipo de rocha (quartzos) que nunca tinha visto por aqui; não desta forma.
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