REGRESSO À MÚSICA
Neste meu regresso à música (depois de alguns meses de condições climatéricas deploráveis) venho pela sombra cibernética.
Estou possuído pela cultura BON Tibetana e pela sua peculiar escrita sânscrita.
Há estados de ser que nos ultrapassam, pela sua abordagem extrema ao objectivo com sucesso. Estados mentais tão potentes, que manipulam a matéria em estado bruto. Como a gravidade.
Há anos que não sentia uma Primavera tão perfumada como esta, e esse feeling ajuda a abrir a gaveta da criatividade.
No lusco-fusco tacteio as ideias, selecciono o instrumento a usar de seguida, dou uma golada, (eventualmente) fumo, ligo o dito cujo e ouço o apelo...
Soa-me a Budismo. A eternidade.
Este pau torto em cima dos pratos veio do mar.
A música em movimento e construção chama-se TIBETE, e está dividida em três partes: A ascensão - No Dzong e Monte Kailash / A fonte. Musica ambiental com vinte minutos.
A abordagem à musica electrónica, para quem gosta essencialmente de rock, é contraproducente. Ou eu acho que é.
Na prática não tenho alternativa, senão usufruir desses dispositivos de fácil manuseio e resultado satisfatório, enquanto consumo no processo muito mais comida, bebida e fumo do que o habitual: stress mata.
Este é o meu nagual, a representação simbólica da minha psique irrequieta e noctívaga, ultra sónica, paranormal.
Ouço tudo (e de tudo) o que me chega aos ouvidos; pudera. Não sou surdo, mas vivo num patamar sonoro bastante persistente, todo o dia. Gosto de música, não gosto de silêncio prolongado.
Para mim, a vida é um bailado ininterrupto e eterno.
Estou embalado na minha motivação criativa e pronto a fazer render a espontaneidade.
Carpe diem.
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