domingo, 24 de maio de 2015

                    REGRESSO À MÚSICA



   Neste meu regresso à música (depois de alguns meses de condições climatéricas deploráveis) venho pela sombra cibernética. 
   Estou possuído pela cultura BON Tibetana e pela sua peculiar escrita sânscrita.
   Há estados de ser que nos ultrapassam, pela sua abordagem extrema ao objectivo com sucesso. Estados mentais tão potentes, que manipulam a matéria em estado bruto. Como a gravidade.



   Há anos que não sentia uma Primavera tão perfumada como esta, e esse feeling ajuda a abrir a gaveta da criatividade.
   No lusco-fusco tacteio as ideias, selecciono o instrumento a usar de seguida, dou uma golada, (eventualmente) fumo, ligo o dito cujo e ouço o apelo...


   Soa-me a Budismo. A eternidade.



   Este pau torto em cima dos pratos veio do mar. 
   A música em movimento e construção chama-se TIBETE, e está dividida em três partes: A ascensão - No Dzong e Monte Kailash / A fonte. Musica ambiental com vinte minutos.



   A abordagem à musica electrónica, para quem gosta essencialmente de rock, é contraproducente. Ou eu acho que é. 
   Na prática não tenho alternativa, senão usufruir desses dispositivos de fácil manuseio e resultado satisfatório, enquanto consumo no processo muito mais comida, bebida e fumo do que o habitual: stress mata. 


   Este é o meu nagual, a representação simbólica da minha psique irrequieta e noctívaga, ultra sónica, paranormal. 
   Ouço tudo (e de tudo) o que me chega aos ouvidos; pudera. Não sou surdo, mas vivo num patamar sonoro bastante persistente, todo o dia. Gosto de música, não gosto de silêncio prolongado.
   Para mim, a vida é um bailado ininterrupto e eterno.  


   Estou embalado na minha motivação criativa e pronto a fazer render a espontaneidade.
   Carpe diem

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