sexta-feira, 3 de outubro de 2014

                                                  FEIRA DE ESPINHO II

Isto é cabaça Tailandesa, com propriedades medicinais. Também serve para fazer percussões. A casca é dura, eu que o diga. Tem a cor das vestes dos monges Budistas. 
Já não cozinhava à anos, muitos anos, e aproveitei esta deixa e a falta de trabalho para fazer o jantar. 
O resultado foi uma caldeirada de sabores e texturas na boca que nunca senti, e o bacalhau com soja e outros truques perdeu o sabor (da maneira como o conhecemos). Vou comprar (e plantar) esta cabaça. A mulher já tratou de guardar sementes para a Primavera.



Já tinha saudades de vir à feira. Deixo a abordagem ficar sempre para o fim (por volta das cinco da tarde) quando começam a pensar em carregar as carrinhas. 
É a melhor altura para regatear. e conseguir o melhor preço possível. 



O que mais fascina neste ambiente são as cores e os cheiros. A subtileza da vida, a vitamina...



Neste Outono meio fim de Verão, surgem finalmente as vitaminas que interessam. Tardiamente, mas "voilá". Sobretudo alguns tipos de ameixa, maçã (claro), uva, pêra, pêssego, figo, romã, castanha, maracujá...


Este dá a impressão de não ter vendido grande coisa. As bancas estão cheias, e os ananases atrás dele dão a sensação de serem bombas da segunda guerra Mundial prestes a caírem e explodirem, depois dele acabar de lascar as narinas e fazer faísca.



A luz do nosso mundo latino-luso-atlântico é boa. E temos muita. É pena é não ser mais aproveitada pela sociedade em geral. Há como que um convénio de interesses que não deixam o mundo girar da melhor maneira. Os interesses camuflados dos ricos, e a interdependência que criam com as suas manigâncias de poder e controlo, que todos afectam e passam despercebidas, como se fosse ocorrências casuais imprevisíveis e inconsequentes. 
Vai um melão?

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