domingo, 8 de março de 2015

 WHERE COMES DE SUN


   Esta mancha amarela é um dos grandes símbolos da chegada do bom tempo à nossa terra: São "mimosas" em profusão, mais do que nunca, uma acácia que se deu bem com o clima.
   Quando era criança este tipo de árvore abundava por todo o lado (Portugal era uma mancha verde) e nesta altura ficava assim, com enormes hectares de território de várias cores. E quando se passeava debaixo das árvores com a floração a acabar, a chuva de fragmentos intensamente perfumados enjoava.

  
   Adoro esta planta, apesar de ser acácia. As acácias não dão mais do que isto. Uma breve colheita generosa de flores ricas em pólen. Mas a prima não é melhor.


   Isto é a Austrália, a planta de mais rápido desenvolvimento na nossa terra. Nasce e cresce compactada como sardinhas numa lata, e dão-se todas bem. Pelo menos até começar a competição a sério. E não demora mais de três anos para ter sete metros.
   Cheirosa, aos cachos, boa como vedações corta-vento, para fazer estacas e regalar os olhos.
   Verde e amarelo, à Brasileira.


   As árvores de fruto nativas acordam e espalham o seu perfume. Não o notamos, mas os insectos regalam-se: sobretudo as abelhas. É pena é haver cada vez menos, e as que existem, a maior parte está ao abandono. Nem se dão ao trabalho de apanhar a fruta no Outono.
   Cada botão é uma jóia. 


   Desta vez acho que apanhei a macieira em cheio, repleta de flores e com boa luz. Este ano está bom para a agricultura. Choveu muito, agora está a vir um Sol mais ou menos limpo de UV, e a natureza está a responder bem. Isso é bom (para quem vive ligado à terra). Para os citadinos é mais um ano a passar.
   Fora a vantagem evidente para a saúde, passear pela natureza é um privilégio - já quase não a há por estes lados - e sempre que posso vou para o meio dela.


   Podia passar a noite no paleio, mas prefiro desejar-vos uma noite de sonhos cor-de rosa.   

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