OS DIAS CRESCEM?
Aqui a Lua parece estar com falta d´ar. Se repararem, a meio, parece estar de boca aberta, a arfar.
Os dias estão a crescer com a aproximação do Sol neste hemisfério, a terra agradece (e eu - farto de frio) e Inverno, queria partir para outra (com blues). My blues.
Este macaquito bem poderia ser eu ou tu no galho duma árvore (última pintura da Mira, ainda a ser trabalhada), abrigado da intempérie nos braços duma Medusa vegetal imponente e majestosa.
Adoro estas castanholas de fava. Posso dizer com propriedade que o Inverno tem sido razoavelmente benevolente, e a prova está na qualidade deste vegetais. A sociedade está muito pior, e a recessão parece não ter fim (o que se torna chato). Ainda por cima os pulhas começam a perder o respeito e toda a gente rouba toda a gente. Como é que dizem os Americanos? - Dog eat dog. É isso.
Fui tomar café, e com os clientes do costume na área, à saída, o meu guarda-chuva tinha desaparecido. Triste de constatar.
Estas flores são o farol da Primavera para mim. São flores de ameixoeira-roxa selvagem, e despontam quase um mês antes de qualquer outra similar. Está a crescer e todos os anos a fotografo. Este ano faço-o com o céu da cor dela.
O sol aquece a terra e o vento sopra do Norte de África em rajadas esporádicas. A madeira das paredes da casa range de vez em quando, como o casco duma caravela, sinónimo de que o tempo está a virar.
Estou com saudades de passear ao ar livre numa boa.
Hoje à tarde estas cores vivas chamaram-me à atenção no quintal (e claro) sai máquina fotográfica. O resultado foi muito feliz, e... excusez-moi.
Estou a ser grosseiro ao não vos apresentar a flor da ervilha. La voilá.
No meu imaginário parece uma camponesa Japonesa de kimono à chuva.
Portugal, um país bestial, com um clima espectacular e um povo que se compra por dez tostões, ao mesmo tempo que é roubado e explorado pelos ricos de forma quase descarada, e no fim fazem de conta que não viram nada, ou não se lembram, e vão votar novamente no mesmo que os enrabou anteriormente. É doentio, sádico e completamente estúpido.
As naus do futuro deviam ser construídas (de derivados de cortiça) e lançar os saloios todos para o Espaço numa viagem sem retorno.
Comentário feliz na circunstância temporal, com abordagem apropriada pela mãe-terra.
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