segunda-feira, 29 de setembro de 2014

                                       Feira de Espinho

A feira semanal de Espinho, depois dum declínio forçado, com trabalhos de campo que nunca mais acabavam (situação social tipicamente Portuguesa) é única.



Todas as segundas-feiras milhares de pessoas passam por aqui. A maior parte são curiosos que não compram nada, mas mesmo eles não resistem à tentação de querer qualquer coisinha. Os outros vêm atrás de iguarias e produtos que só aqui existem em grande variedade (sobretudo frutas e legumes) e é regatiável. 



Há algo de libertador neste tipo de ambiente. 
As feiras, desde os primórdios do tempo, sempre foram magnetite para a raça humana. 
Há algo que atrai as pessoas às feiras, e esse algo é a novidades. Com o desenrolar das estações, todo o tipo de produtos hortícolas e fruta rolam ininterruptamente nas bancas, semana após semana, como as ondas do mar ao fundo da encosta.


  
  Conheço esta feira desde que nasci, e quando fui para o secundário foi aqui, em Espinho, que tive de estudar, porque não havia mais nenhum estabelecimento de ensino perto de minha casa. A feira para mim era uma passagem para a outra margem, mas demorava a passar, curioso a olhar para todos os lados, e apreciava algumas guloseimas que não podia comprar quando tinha 11, 12, 13 anos. Sobretudo um cone de natas, hoje horrível, mas na altura desejado como um presente dos Deuses.



 Este é o homem do mel. E mel é coisa que ultimamente tenho consumido aos litros, devido à humidade. 
Desta vez trouxe de urze. É 50 cêntimos mais caro, mas é mais selvagem. E selvagem mi gusta.
Tenho bastante a mania de fazer uma mistura de cerveja, vinho e mel, quando faz frio (e por vezes quando não faz tanto assim). É o meu hidromel. Dá-me é cabo da vesícula. E põe-me irascível com tudo e todos. Uma lástima.



A feira é de toda a bicharada, e a maior parte devia estar noutro continente, mais quente.
É triste ver seres sequestrados da sua terra e vendidos como escravos para glaúdio de macacos pensadores burros com barba na venta. Pouco inteligente. Essa gente não sabe que a National Geographic fornece esse tipo de serviço de graça ao domicílio? Ou quase de graça. 
Hoje em dia, de graça. só o ar. Até ver.



E talvez alguma marihuana, no meio de tanta semente para periquito. Metem bastantes de cânhamo.
Sendo a semente o princípio da vida, devia de ser idolatrada! Acho que sim. Como Jesus e Allah. Acho mesmo que até mais. Pelo menos faz mais pelos seres vivos do que esses "santos" acomodados e sem sentido.



Se o homem moderno se quiser agarrar a alguma coisa, que se agarre aos tomates. Está a perdê-los, talvez devido à radiação emanada dos telemóveis e ipod, tablets e portáteis, relógios electrónicos e escuta nas orelhas.


Até os ratos de computador (e outros) podem ser subservientemente nefastos (ou desagradáveis) quanto baste. Os melhores ratos são os que ficam para o fim.



Aqui temos uma amostra da cutelaria... global? Deve haver um pouco de tudo nesta confusão, menos lâminas do Japão. Isso é de certeza.



Vou ficar por aqui hoje, com esta louça sortida para todos os gostos. Continuo amanhã, com mais bancas carregadas de fruta, ferragens, flores e breeebleddeeedeedee..de.

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