segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A FORÇA DAS MARÉS


   No Verão estava assim, e agora está ao contrário.




   Quem será responsável pela colossal deslocação de areia na costa? O mar ou o vento? Ambos, em unissom, sincronizados por algum secreto mecanismo marinho, que de secreto não tem nada?        São as ondas que criam o vento e as tempestades, e é óbvio que é mais do que tempo da raça humana se instalar no fundo do mar (como escreveu Jules Verne). Ai estará a salvo de muitas calamidades naturais e mais protegido das radiações da atmosfera deteriorada.

 
    Para uma substância tão fluída, a água é muito forte (e pesada).
E mete medo.


   As marés, a corrente oceânica, o grande motor regulador do clima no nosso planeta, pêrra? Dizem que sim, e é verdade. Mais água nos oceanos da Terra não é saudável. 
   Está tudo a mudar. E não é só na natureza humana. É em tudo; animal, vegetal, mineral e divino. 
   Os Deuses estão a morrer, sufocados pelo desenvolvimento social: pelos telemóveis, computadores e outros acessórios, dos quais já não há fuga possível: tudo flui para o mesmo lado, e a raça humana está a converter-se numa espécie de macaco re-transformado, que em vez de pegar na banana o dia inteiro, não pára de mexer no telemóvel.
   Toda a gente sabe que paleio a mais acaba mal. 


   A maré alta invade o rio e domina o mar. 
   O mar domina sempre. Não há pedra que chegue para o parar, nem muro suficientemente alto que ele não posso ultrapassar.
   O melhor é construir uma arca (como Noé) e navegar.  



   O céu Invernal queima, com ultravioletas violentos, mas ninguém parece ligar a isso. Nem um chapéu na cabeça, óculos, para a luz baixa do Sol, e roupa adequada para o vento gelado que aparece, e desaparece de repente, sorrateiramente. Perigoso. Há que ter em conta as alterações biológicas comprovadas em 2014: multi-resistência bacteriológica progressiva - para os padrões tradicionais, com a subsequente infecção, facilitada pelo modo de vida extremamente sedentário, cada vez mais evidente na sociedade.   


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