segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Um par de horas em Cortegaça

                                                 CORTEGAÇA BEACH 



O par de horas escolhidas ao acaso para vir a esta freguesia foi arbitrário. Podia até nem ter acontecido, mas ainda bem que aconteceu.
Um dia espectacular merece o melhor: céu limpo, azul brilhante, mar sereno, como uma piscina, com a temperatura da água agradável, e belas meninas a brincarem com a bola por todo o lado.



Ao contrário do que tenho visto por aí, aqui a festa é rija. Quando cheguei à praia estava mesmo um carro dos bombeiros a instalar um gerador, para a banda que vai tocar hoje à noite, de costas para o mar.
Momentos como este são sempre abstractos (na minha concepção de ver o Mundo). Santos e santas, filhos de Deus, seres divinos? Hummm...
Tudo bem. Cada qual faz o que quer. 
Não tenho nada a ver com a mentalidade dos outros, nem com as suas opções religiosas.
Eu sou Budista, Xintoísta, animista!
Sou selvagem, e basta. 


    
Esta sapateira alienígena cospe raios gama. Veio do céu para iluminar a tua alma.


Há muito tempo que não via tantas formas de diversão juntas (de dia). E como a luz continua óptima, é excelente para a qualidade das imagens.


Enganado pelo tempo venho por acaso parar cedo no parque de diversões, bem recheado de brinquedos movediços, escorregadios, voadores e saltitantes, com música a condizer.
As luzes estão apagadas, mas os painéis fazem a festa a solo (sem subterfúgios): as aulas ainda não começaram, e isto está cheio de putos e mamãs, turistas e imigrantes.


Como se pode ver os putos pulam de contentamento, e toda a gente parece feliz e descontraída. Óptimo.


Cortegaça era uma aldeola de pescadores típica da Costa de Prata, perto do local onde nasci, e todas as outras aldeolas e vilarejos da área tinham um tipo de arquitectura similar, como vou passar a apresentar; a madeira era dos materiais mais preferidos na construção.
Esta caixa dava um bom cubículo para abancar nas férias, e para pescar. Não tenho paciência para pescar, mas há quem tenha. 


Esta, embora não sendo nada de extraordinário, é muito bonita. Pena é estar perdida no meio da confusão urbana.


Quando nasci, passear à beira-mar era uma beleza. As casas de madeira bem pintadas e personalizadas na carpintaria, eram um desopilante para os olhos. 
Havia limpeza e vaidade no que era seu, e as flores exibiam-se por todo o lado.
No areal haviam barcos de pesca, de madeira, garridamente pintados com dizeres pouco dignos. Provérbios picantes.


Dantes via-se a praia e o mar a partir das varandas superiores desta casa. Agora, na mesma direcção vê-se um grande paredão de rocha, com pontões e esporões a toda a volta.
Se não fosse esta contenção rochosa, a praia de Cortegaça já tinha completamente desaparecido há muitos anos.


Esta mansão de madeira em palafita ao lado do mar é indescritível. 
Sei que é duro viver no Inverno ao lado do mar, mas se tivesse esta propriedade era capaz de arriscar.
Local apropriado para ensaiar musica, poesia e curtir a multimédia do momento.

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